10 de agosto de 2011

Os nossos trajes: Traje de domingar


O traje de domingar é a sequência lógica do traje de trabalho, ou seja, é um traje não tão rico quanto o de luxo, mas, por outro lado, não tão simples quanto o de trabalho.

Pela sua própria designação, significa o traje dos domingos, desde que esses domingos não fossem os dos Santos Patronos, isto porque, nas festas dos Santos Patronos, o traje utilizado pelas raparigas era o de luxo.

Além de ser usado nas poucas tarefas de domingo, como por exemplo, alimentar o gado, o traje de domingar era envergado nas demais actividades domingueiras, ou seja, ir à Missa, ao Terço e namorar.


Composição: Saia de linho com pregas miúdas na cintura e barra em lã, avental com motivos variados, algibeira, camisa branca bordada, colete, lenço à cabeça, peúgas brancas , chinelas pretas ou socos.



8 de agosto de 2011

Actuações para 2011

. 19 de Março - 2º encontro de tradições do Grupo de Danças e Cantares "Os Amigos do Minho";
. 09 de Maio - Festas em honra do Senhor da Pedra, Trancoso;
. 12 de Junho - Actuação na Associação União e Progresso da Venda Nova, Amadora;
. 04 de Julho - Feira de Artesanato da Costa do Estoril;
. 09 de Julho - Festival de Folclore de Vialonga, Vialonga;
. 23 de Julho - Festival de Folclore de S. Joaninho, Santa Comba Dão;
. 30 de Julho - Festival de Folclore de Modivas, Vila do conde;
. 01 de Agosto - Feira do Artesanato da Costa do Estoril;
. 06 de Agosto - Festival de Folclore de Lamelas, Santo Tirso;
. 13 de Agosto  - Festival de Folclore da Vila do Carvalho, Covilhã;
. 20 de Agosto - Festival de Folclore de Vila Mea, Carregal do Sal;
. 28 de Agosto - Festival de Folclore de Grandula;
. 24 de Setembro -Festival de Folclore da casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, Alfama-Lisboa
. 25 de Setembro - Festival de Folclore Senhora de Aires, Viana do Alentejo-Evora.

Os nossos trajes: Sargaceiros


O homem Sargaceiro:

O homem Sargaceiro traz vestido uma Branqueta, nome pelo qual se designa o casaco de abas largas, tipo saio romano até ao meio da coxa, de modo a deixar inteiramente livre os movimentos das pernas. É abotoado de alto a baixo por pequenos botões. As mangas são compridas e justas ao braço. Há cintura o Sargaceiro usa um largo cinto preto, de cabedal.O tecido com que este traje é feito tem por nome burel, este é um tecido de lã forte, quente e com grande característica isoladora. É obtido através de uma operação muito específica chamada "pisoagem" na qual é utilizado o pisão (aparelho hidraúlico) para beter o tecido. Não é conhecido outro uso específico para a branqueta senão este que a tradição nos legou.

Na cabeça o Sargaceiro usa o SUESTE, espécie de capacete romano, constituído por duas palas, uma pala mais curta, na frente e uma pala mais larga e comprida, atrás. O capacete é pintado com tinta branca e no cimo do capacete leva pintado a vermelho uma cruz.

A mulher Sargaceira:

A mulher Sargaceira veste uma saia, do mesmo tecido da branqueta do homem, bem apertada na anca por uma larga faixa preta. Veste uma blusa branca de linho, um colete de cor preta, sem mangas e bordado a linho de seda em cores garridas. Na cabeça usa um lenço de merino e um chapéu preto. Nas costas a mulher Sargaceira usa um xaile, este também de merino.

Embora se pense que o sargaceiro é um homem do mar, este não é mais que um homem que lavra as suas terras e encontra no sargaço, que vai buscar ao mar, o fertilizante das suas terras.

É com a ajuda do Galhapão (utensílio de madeira com rede de corda) e do Engaço (utensílio de madeira) que o Sargaceiro faz a recolha do sargaço. Depois de recolhido a beira mar o sargaço, este era transportado numa carrela para uma zona mais alta da praia, onde ficava a secar. Depois de seco este era um bom fertilizante para as culturas agrícolas.



Actuação em Tondela 2010




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Actuação Ansião - Pombal 2010


Historial do grupo


O Grupo de Danças e Cantares "Os Amigos do Minho" foi fundado no ano de 1998. Constituído por um grupo de minhotos e amigos do Minho, residentes na zona da grande Lisboa, nomeadamente no concelho da Amadora, com o intuito de preservar, salvaguardar e divulgar as suas próprias raízes culturais. Desde a sua primeira actuação em público, no dia 21 de Junho de 1998, já participou em cerca de 300 actuações em todo o Portugal. Através da sua actuação, visa ainda a promoção cultural, sobretudo junto dos mais jovens e a sua identificação com as tradições culturais da região minhota, a valorização dos seus conhecimentos musicais e da etnografia Portuguesa.

As danças e cantares que exibe são alegres e exuberantes como animadas são as mais exuberantes romarias do Minho. Trajam de linho e sorrobeco e vestem trajes de trabalho e domingueiros, de mordoma e lavradeira, de noivos, de ir ao monte e à feira. Calçam tamancos e ostentam o barrete e o chapéu braguês. As moças, graciosas e belas nos seus trajes garridos bordados pelas delicadas mãos de artista, com a sua graciosidade e simpatia, exibem vaidosas os colares de contas e as reluzentes arrecadas de filigrana que são a obra-prima da ourivesaria minhota.

Ao som da concertina e da viola braguesa, do bombo e do reque-reque, dos ferrinhos e do cavaquinho, cantam e dançam a chula e o vira, a rusga e a cana-verde, com a graciosidade e a desenvoltura que caracteriza as gentes do Minho. Hoje contamos com um grande grupo de amigos com idades compreendidas entre os 3 e os 70 anos.